quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

OS TEMPOS JÁ SÃO OUTROS!


Nos tempos em que nasceram e viveram os nossos bisavôs, avôs e pais, a quantidade de chuva que caía sobre a planeta terra era escassa. Mas mesmo assim, bastava que caísse um pouco por toda zona, as faces transbordavam-se de alegria, pois, naquela altura, os campos de produção agrícola serviam da base de sobrevivência para muitas e numerosas famílias.

Quando o céu fosse coberto de cúmulos (nuvens que formam a chuva), o líder comunitário do bairro, de forma urgente, emitia um comunicado aos moradores para o lavrar-se da terra e posteriormente jogar-se nela as sementes. Isto era feito na esperança de obter-se, na época de colheita, uma boa cultura de milho, amendoim e mandioca, só para citar alguns exemplos.

Hoje, realmente os tempos são outros. Tal como se sabe, a chuva já perdeu o seu valor natural. No lugar de fazer crescer as sementes nas irrigações de campos de produção agrícolas e incrementar o desenvolvimento sócio económico do país, ela tem caído para destruir o pouco que com o enorme sacrifício já havia sido construído. 

Actualmente, a chuva aparece em abundância nos locais, dias e horas em que menos se espera e provoca danos de vária ordem. Em todo lado, são destruições de hectares de milho nas irrigações de campo de produção agrícolas, desabamento de diversas infra-estruturas, aumento de intransitabilidade de vias de acesso, famílias encurraladas e desalojadas. 

Entretanto, no seio das famílias aumentam as correrias de um lado para outro em busca de algum abrigo. Nas mentes das famílias surgem inquietações do tipo: como dormir e acordar no dia seguinte? E ao serviço, como chegar-se-á com o incontornável tráfego na estrada? Enfim, é uma série de perguntas sem respostas imediatas e nem satisfatórias.

Nos dias que correm, tanto se fala do fim do mundo. Será que as águas de chuva que caem em grandes proporções estarão a anunciar o tal fim!? 
Depois da queda de chuva, o Instituto de Gestão de Calamidades Naturais, através dos órgãos de comunicação social, dá um discurso de alívio que, basicamente, se centra no apelo ao abandono das zonas de riscos, isto é, zonas propensas a quaisquer inundações.

Portanto, antigamente previa-se e interpretava-se a chuva, e a sua previsão, embora previsão, dificilmente falhava, hoje, parece que a Homem já não detem de capacidades suficientes para interpretar e compreender o nível das águas e seca que assolam a população mundial.




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