Em algumas conversas descontraídas nas quais tenho tido com os diferentes
actores educativos de instituições do ensino superior que operam no país, tem
havido uma corrente de opinião que defende com garra a ideia segundo a qual a
UEM é a marca do ensino superior em Moçambique. Verdade ou mentira, o certo é
que é trata-se de uma opinião, tal como as outras que são avançadas sem nenhuma
base científica.
A ideia de uma marca é entendida como sendo um símbolo, modelo, padrão de
um produto/serviço com vista a satisfação das necessidades primárias do
cliente. Se se concordar com este tipo de posicionamento, então pode-se assumir
que a UEM é a marca do ensino superior em Moçambique? Uma marca relaciona-se,
também, com o nível de qualidade apresentado por um produto/serviço. Para o
caso de uma instituição educacional, a qualidade pode ser entendida como sendo
a postura dos estudantes e a eficácia dos serviços prestados pelos graduados visto
que são produtos da UEM.
De frisar-se que a UEM é a primeira instituição a leccionar o ensino
superior no país e que por meio disso já despoletou ao mercado de trabalho
muito dos quadros que sempre ocuparam as altas posições nos sectores laborais,
facto que lhe confere uma vantagem natural quanto às outras instituições existentes
no país.
Actualmente assiste-se o aumento do número de graduados do nível médio que
se mostra preocupado pela busca da qualificação superior, entretanto, as
entidades competentes têm-se engajado no sentido de alastrar a acessibilidade
do ensino superior.
O esforço empreendido se confunde com a política de massificação do ensino
adoptada pela Frelimo logo após a independência de Moçambique em 1975. A
garantia do acesso ao ensino superior aos moçambicanos é bom, pois,
mentalizou-se de forma (in)consciente que o ensino superior é o meio mais
eficaz que permite o rápido desenvolvimento de qualquer cidadão moçambicano.
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