quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Socorro, Professor-Delegado!


As avaliações finais (trimestrais) do nível básico e médio já são elaboradas pelas direcções provinciais de educação. Alega-se a questão da padronização dos conteúdos que devem compor a grelha de questões da avaliação. E é por meio dessa avaliação que se faz o acompanhamento sistemático e gradual dos alunos de uma determinada classe ou ciclo de aprendizagem.

No entanto, quando os alunos terminam de fazer esse tipo de avaliação, tem havido reclamações de vária ordem, como a existência de questões, cuja matéria não teria sido abordada ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Este tipo de reclamação já deixou de ser novidade para qualquer pessoa que seja, por isso aos ouvidos de pais e encarregados de educação já não suscita nenhum espanto.

Actualmente, surge uma nova reclamação ligada às ausências dos professores na escola durante ao período de avaliação, sobretudo aos delegados de disciplinas que não se fazem presente ao local de trabalho.

Especula-se, por aí, que receiam passar de sala em sala esclarecer os erros que de costume são cometidos pela máquina durante a digitação e/ou impressão. Por outro lado, receiam esclarecer os exercícios que eventualmente não teriam sido correctamente formulados.

A queixa dos alunos é legítima, pois sempre que alguém vai à escola, espera encontrar na sala de aulas um professor ou um sujeito que formalmente assume esse papel. Assim que o professor gazeta ao trabalho enquanto devia orientar a avaliação que por ele não foi elaborada, pode-se aferir que não tem domínio dos conteúdos que lecciona, ou se é que tem, logo, não é competente.
Nesta ordem de ideias, não se pretende ignorar alguns fenómenos (im)previstos (chuva, tráfego) que podem servir como base da justificação da ausência do professor-delegado, mas, atempadamente deve-se comunicar ao elenco da direcção da escola para procurar-se meios alternativos com vista a ocorrência eficaz dessa avaliação, visto que é final e todo cuidado é pouco. Em muitos casos, os alunos que se julgam espertinhos, têm se beneficiado dessas ausências para difamar ou acusar ao professor-delgado perante ao director pedagógico da escola.


Normalmente, as acusações giram em volta de não cumprimento de regulamento e programas de ensino que são estabelecidos pela escola em harmonia com o Ministério de Educação. E como o director pedagógico dificilmente presta o devido acompanhamento da prestação do seu pessoal, a sua intervenção não desanuvia completamente os pronunciamentos dos alunos quanto à incompetência e irresponsabilidade do professor-delgado.

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