sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Assim Vai o Futebol Moçambicano!


A selecção moçambicana de futebol que carinhosamente é designada de mambas, desloca-se à capital de Tanzânia com algumas baixas dos seus titulares jogadores que por sorte actuam no estrangeiro, como é o caso de Simão e Sonito. Não é sobre as razões que podem estar ligadas às ausências que se pretende abordar neste texto, mas sim de atitude que encrava o desenvolvimento do futebol moçambicano como profissão.

Depois da Copa do Mundo recentemente realizado é a vez do jogo da primeira mão da eliminatória de acesso à fase de grupos rumo à qualificação do Can Marrocos 2015 que a Federação Nacional de Futebol não adiou os jogos agendados para a décima quinta jornada a contar para a segunda volta de moçambola, prova máxima de futebol nacional.

Na passada noite de quarta-feira, através de diferentes órgãos de comunicação social ficou-se sabendo que as equipas cujos jogadores não foram convocados para o embate de Domingo, deviam prosseguir normalmente com a calendarização de jogos, por exemplo: Desportivo de Maputo e Ferroviário de Pemba, 15h de Domingo.

O não adiamento da jornada foi demais, pois coincidiu com um jogo da nossa selecção onde por sinal esperava-se que todos os jogadores e adeptos estivessem presentes em Dar-Es-Salaam para acompanhar a grande exibição a ser feita pelos mambas na tarde de Domingo próximo.

Esta é mais uma atitude desmotivadora para os amantes de futebol, em particular para os praticantes desta modalidade desportiva, devia-se partir do princípio de que mesmo os jogadores de Desportivo de Maputo, Têxtil de Pungue, só para citar alguns exemplos desejariam ou deveriam ir à Tanzânia torcer pelos mambas do primeiro ao último minuto.


Entretanto, sempre que se realiza alguma partida fora do relvado do Estádio Nacional de Zimpeto, muitos jornalistas têm aparecido à nível da imprensa a queixarem-se pela fraca presença de massa associativa moçambicana nos estádios. Até um certo ponto, a queixa dos jornalistas faz sentido, mas ao redor dela pode-se colocar a seguinte questão: Como é que um adepto poderá acompanhar a exibição dos mambas se é chamado a assistir os dois jogos em estádios diferentes que decorrem em simultâneo? Isto é, um da selecção e outro do clube. Ou por outras, como é que um jogador de Ferroviário de Quelimane afirmar-se-á nos meandros do futebol nacional se é interdito de ver as fintas dos maestros nacionais, Dominguês, Mexer, entre outros. Portanto, penso que a essa altura já devia se encarar o futebol nacional como uma profissão e não um mero passatempo.

Sem comentários:

Enviar um comentário